quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu vos Declaro Marido e... Larry


Não entendo por que a critica criou tanta repulsa contra esse filme. Homofóbico? Ele é. Mas consegue fechar um arco em volta disto. Sandler? Talvez. Mas seu personagem melhora. O Governo idiota? E não é? Uma cena no final define muito bem o que você irá ver em relação as criticas deste filme. Acontece vaias e outros aplausos na cena da escadaria. E a reação depois do filme vai ser exatamente esta.

Chuck Levine (Adam Sandler) e Larry Valentine (Kevin James) são o orgulho do Corpo de Bombeiros do Brooklyn, sendo também muito amigos e dispostos a ajudar um ao outro. Chuck é agradecido a Larry por ter salvo sua vida no trabalho e só pensa em curtir a vida. Já Larry é preocupado com o futuro e, devido a problemas burocráticos, não consegue colocar seus dois filhos como beneficiários de seu seguro de vida. Devido a isso Larry pede a Chuck que seja seu parceiro em alguns formulários, sendo que ninguém mais saberá disto. Entretanto uma burocrata zeloso desconfia do casal, o que faz com que eles tenham que se revelar para a cidade e improvisar como um apaixonado casal, que vive sob o mesmo teto.

O roteiro é escrito por três mãos. Barry Fanaro , Alexander Payne e Jim Taylor. Os dois ultimos foram responsaveis por grandes projetos. As Confissões de Schimidt e a obra-prima Sideways. O problema é que a mão principal do roteiro é a de Fanaro. Com ele coordenando a parte das piadas. E Payne e Taylor com a parte mais humana. Infelizmente as duas partes tem grandes erros. Fanaro cria um baixismo impressionante no começo do filme (que faria Eli Roth ficar surpreso) e além de tudo é extremamente sem graça no primeiro ato. Aliás , tudo acontece errado no primeiro ato. O Personagem de Sandler é irritante. Cenas de incêndios são extremamente irreais com os personagens fazendo gracinhas enquanto uma pessoa obesa está presa na cama. Além disto é tão deploravél o começo que apela na primeira cena para um beijo entre duas mulheres , e para falas como: "Não sei , não quero saber e tenho raiva de quem sabe." Já a parte de Payne e Taylor é não saber convencer o espectador que realmente os dois podem se passar por homossexuais. Algo extremamente bem feito em Um Caso a Três por exemplo. Onde o personagem de Perry convence a todos nós que poderia facilmente se passar por um homossexual , e ganhar o prêmio de "gay do ano".

No segundo ato a coisa melhora. Os dois se vêem obrigados a se casarem , e eles procurando um lugar para se casar, dá inicio a uma sessão de ótimas piadas e sátiras. Piada com Mel Gibson a respeito dos judeus e Católicos, sobre Liza Miller no Oscar , uma Sátira com Brokeback Mountain , e sobra até para o cantor Clay Aiken na cena da procura de um motel. Além disso mostra um governo bobo , e completamente desestruturado. Trazem um mendigo para ser testemunha de casamento. E no tribunal fazem com que todos fiquem confuso em relação a amizade e o amor. Uma ótima cena por sinal. O casamenteiro também nos proporciona ótimos momentos. Cito a cena em que Sandler dá um soco em James , e o baixinho pede um soco também. Mas mesmo com ótimas cenas o filme volta para seu homofobismo. As brincadeiras que Sandler e James fazem com o seu filho é de extremo mal gosto. E irritante preconceito. O roteiro também esquece de dar atenção a Paula. Ex-esposa de James. Ela tem uma importancia fundamental para o roteiro mas que o espectador não consegue encontrar. Nem no relacionamento de Sandler e Biel o roteiro é eficaz. Mais uma vez surge a comparação com Um Caso a Três em que acreditamos na quimica entre Perry e Campbell , e neste filme não acreditamos. Fica em alguns momentos extremamente angustiante a não aceitação do casal.

Mas no começo do terceiro ato volta as sátiras e boas piadas. Nas cenas em que Sandler e James vão para o baile "gay" e tem uma ótima cena em relação a quem é a esposa e o marido. Além da excelente participação do irmão da personagem de Biel na trama. Tem um sátira particularmente boa com Embalos de Sabado a Noite, e acaba até sobrando para o Will and Grace no julgamento. Além que se você perceber o diretor dá um grande foco no nº 23 do apartamento de Biel , claramente uma sátira ao "Nº 23" do Jim Carrey. Temos bons momentos também no dia da profissão no colegio dos filhos de James. E na passeata em direção ao tribunal ; em que Sandler e James aparecem com camisetas escrito Mrs. Timberlake e Mrs. Pitty.

O filme como foi dito é baixo em alguns momentos mas é extremamente eficaz em outros. Nos apresenta boas piadas em partes da trama , que salvam o filme por sua "graça". Não foi muito bem pela critica , mas foi pelo publico. E no final das contas , é isso que importa.

(3 estrelas em 5)


Criticado por Andrey Lehnemann às 14:14 16 cinéfilos


FONTE:http://clickfilmes.blogspot.com/search?updated-min=2007-01-01

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