O livro é uma pequena “autobiografia” da autora. Conta um pouco sobre família, sua religião (cristã/católica) e sua cidade natal – Nossa Senhora da Glória/SE. Eu diria até que é um livro sobre o “povo de Glória”; alguns aspectos sociais e culturais citados no livro são bem peculiares dos moradores da capital do sertão sergipano.
No início da leitura tive a ligeira impressão de que a autora, em algum momento de sua história “enamorou” ou praticou rituais presentes na cultura popular e/ou religiões não cristãs, até o dia em que despertou para o cristianismo puro. Também causa-me a desconfortável sensação de que ela acredita piamente que exista uma predileção exclusiva de Deus para com ela, excluindo os demais de seu amor. Esse desconforto passa e uma luz surge nas páginas seguintes...
A autora também cita uma mudança de pensamento baseada no contato com a história de Glória Polo (uma colombiana que sobreviveu a uma descarga elétrica de um raio; ela jura ter morrido, ressuscitado e visitado a dimensão espiritual de tal modo a conhecer o “lado de lá” de forma íntima).
Ainda causa-me certa aversão às citações, que beiram a pregação da fadada Teologia da Retribuição, derrubada no livro de Jó.
Dentre as várias frases que eu gostei, uma delas me chamou mais atenção: “Sem esperança, nem fé, deixamos de viver bem o presente, angustiando-nos com o futuro.” (Página 117 do livro)
Uma marca forte da escrita da autora, são as ditas revelações divinas, que ocorrem na maioria das vezes, através de sonhos e de momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento.
Duas obras religiosas de inspiração semelhantes são a base da espiritualidade forte e marcante dessa mulher igualmente forte do sertão sergipano: A BÍBLIA SAGRADA e o DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA.
Uma coisa que faltou ao livro, mas que não retira dele sua beleza e sua riqueza espiritual foram as referências bibliográficas para o posteriores consultas.
PALAVRAS-CHAVES DA LEITURA: Dona da Natville. Funcionária do Banco do Brasil. Agente da Renovação Carismática Católica. Vereadora em 2000. Avó. Mãe. Esposa. Peregrina. Amiga de muitos.
Por Eduardo Melo
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