Padre Cícero morreu em 1934 suspenso de
ordem. A partir da data de seu falecimento o número de fiéis que
realizam romarias a cidade que ele fundou, Juazeiro do Norte, só cresce.
Diante desta realidade ao chegar na Diocese de Crato, em 2001, Dom
Fernando Panico colocou esta reconciliação como prioridade de seu
episcopado.
O Bispo formou uma comissão e deu
entrada, em 2006, na Congregação para Doutrina da Fé, no Vaticano, ao
processo de REABILITAÇÃO, porém o Papa Francisco foi além. A partir dos
estudos realizados pela Equipe de Direito Canônico do Vaticano, foi
decidido que a Igreja deveria conceder a RECONCILIAÇÃO do padre com a
Igreja, permitindo assim que os fiéis realizem sua devoção com a
aprovação da Santa Sé.
Dom Fernando, diante da realização de um
dos seus maiores sonhos, afirmou que toda a Diocese de Crato foi
justificada pela ação do Papa Francisco, e que não houve equivoco em
assumirem a opção pastoral em favor das romarias e o acolhimento aos
romeiros. “Como Bispo Diocesano dessa Igreja particular, fico feliz por
poder receber essa grande graça, em nome do Padre Cícero e de seus
romeiros e romeiras, em nome de todos aqueles bispos – Dom Quintino, Dom
Delgado – que alguma vez pediram que a Igreja e Padre Cícero se
reconciliassem, em nome de todas as pessoas que queriam ver o Seu
Padrinho ser, de novo, acolhido pela Igreja Católica da mesma forma que
sempre foi acolhido por seus afilhados!”, disse.
Na Igreja onde foi batizado e realizou a
primeira missa, neste ano 2015, ao Padre Cícero foi concedida uma
reconciliação histórica mostrando que a misericórdia de Deus está acima
das ações humanas.
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