quinta-feira, 13 de março de 2014

UMA AÇÃO CHAMADA AMOR



Jesus Cristo de Nazaré, o judeu marginal (motivo de escândalos para alguns, pedra de tropeço para outros e razão da nossa alegria e do nosso caminhar), traz para nós duas propostas bastante revolucionárias: resistir ao sistema opressor sem usar de violência e amar sem impor barreiras. (Mt 5, 38-39.43-46)

Cristo nos ensina que o insano desejo de vingança e de alimentar o ódio e a violência em geral, acabam ocasionando um “ciclo vicioso” a favor da cultura de morte. Jesus propõe uma comunidade semelhante ao Pai (Mt 5,48), como já era desejo do Deus Altíssimo no Antigo Testamento (Lv 19,2); já ansiava o Pai “que amássemos o próximo como a nós mesmos.” (Lv 19,18b)

Quando o Texto Sagrado fala em amar o próximo, ele não se refere apenas àqueles que nos agradam e/ou por quem nutrimos especial carinho, simpatia e afeição, mas também por aqueles que não estão em comunhão com nosso coração, que “não passar por nossa goela”, que o nosso “santo não bate” – ainda chamados, por vezes, - nossos inimigos. Nosso amor não deve ser limitado às fronteiras do nosso egoísmo. Jesus também nos lembra que nossa fé e o nosso viver devem estar concatenados para que, assim, sejamos testemunhos vivos do ‘poder de Deus’, que por nossa presença, expulsa as trevas do mundo e confere sabor as realidades da vida (Cf. Is 58, 7.9-10; Mt 5,16). “Ama muito os que te contradizem e não te querem bem” (SÃO JOÃO DA CRUZ)

Muitos na história, mesmo sem seguir o Mestre de perto, entenderam a proposta de Jesus: Mahatma Gandhi é um belo exemplo de quem soube “amar os inimigos” sem deixar de praticar a justiça, mas promovendo uma cultura de paz e de concórdia. 

Que Maria, a Rainha da Paz e Mãe do Amor, nos ajude a sermos abdicados de nossos desejos e esvaziados de nós mesmos para preencher-se do outro, através de atos concretos de amor.

Assim seja!

Eduardo Melo

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